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Decupagem

Sequência 6

História de Raul 1: casal entre a natureza

208 – CT com língua de terra sobre o mar
209 – Det. das pernas do casal por trás que caminham sobre a areia
210 – Pegadas sobre a areia. Carrinho para a frente
211 – Detalhe do enlace das mãos do casal contra o céu
212 – Detalhe do tronco de árvore com planta parasita /
213 – Tronco, pedras e água
214 – Campo ao vento
215 – Detalhe da planta parasita sobre a árvore
216 – Detalhe da árvore
217 – PG com PA do casal de costas entre a relva
218 – O casal mais próximo em um campo mais amplo
219 – Detalhe de ramos
220 – Detalhe do reflexo de uma árvore sobre a água
221 – Detalhe dos pés do casal que tira as meias. Panorâmica direita-esquerda segue os dois que entram na água e sai de campo à esquerda
222 – Detalhe de talo de planta
223 – Detalhe de baixo de um coqueiro
224 – Detalhe de baixo de poste telegráfico
225 – Água. Panorâmica esquerda-direita sobre os sapatos e retorna para a água. O homem de braço dado com a mulher entra em campo da esquerda e sai de campo à direita
226 – Detalhe de árvore
227 – Detalhe de baixo de uma ruína
228 – Detalhe de um arco em ruína
229 – Detalhe de baixo da arcada
230 – Detalhe dos cactos sobre a praia
Fusão

A fusão introduz um plano da língua de terra [208] contextualizante. O plano das pernas do casal por trás [209] nos remete ao já abordado discurso sobre a metonímia. O plano se funde com o enquadramento do mesmo campo vazio onde estavam apenas as pegadas traçadas pela passagem dos dois [210], que são seguidas por um carrinho. O aperto de mãos do casal, que tem por fundo o céu com as nuvens [211], é substituído através de fusão por um tronco disposto em diagonal no enquadramento [212], no qual a imagem do tronco lembra a dos braços e o parasita vegetal preso nele a das duas mãos. Seguem planos com campos vazios em diagonal [214], detalhe da parasita [215] e de árvores [216]. Em campo sobre o prado está o casal de costas, pela primeira vez visível em PM [217], que é enquadrado de uma distância maior no momento em que os dois se aproximam [218]. Um ramo seco [219] figurando contra o branco do céu, contrasta com uma grossa árvore refletida na água [220] onde prevalecem os negros sobre os claros da água. O casal se despe dos sapatos e meias deixando-os sobre a relva [221]: ainda enquadrados apenas os membros inferiores. A panorâmica os segue na sua entrada na água e quando saem de campo, detêm-se perto da água que se move tornando evanescente a presença dos banhistas. Durante o intervalo do banho se sucedem planos de altos caules de plantas [222], de um coqueiro filmado de baixo [223] e em diagonal, assim como um poste telegráfico [224] e o seu reticulado de fios, espécie de árvore urbana. Retorna-se à água [225]: a música muda; segue-se panorâmica veloz sobre a campina com as roupas abandonadas, quase a manter em suspenso a situação, recordando que o casal está ainda na água. Então a câmara (panorâmica) retorna à água para ir ao encontro do casal: ele segura-a pelo braço e sai de campo. Há uma enésima elisão da ação que nos deixa na incerteza sobre o que aconteceu; se a mulher havia sido presa entre os braços por afeto ou por uma malícia sua. Ainda o plano da natureza (árvore [226] e cactos [230]) e da arquitetura agredida pela natureza (três angulações de uma ruína [227], [228]). No último plano do arco em diagonal [229], se delineia um eixo, contrário em relação ao dos arbustos precedentes [219] e [223], e a reapresentação dos cactos na praia. Nesta microssequência, foram omitidos completamente os rostos dos personagens. Fusão.

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