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Limite

Elenco

Olga Breno

O nome verdadeiro de Olga Breno é Alzira Alves Campos. Alzira nasceu no Rio de Janeiro, em 18 de janeiro de 1911. Trabalhava na casa Bhering, de Jorge Bhering de Mattos, casado com a prima de Mário Peixoto, Cornélia Luíza. Jorge Bhering colocou Alzira à disposição de Mário Peixoto durante toda a produção de Limite, assegurando o seu salário.

Limite foi a única experiência em cinema de Alzira Alves Campos. Depois, casou-se e passou a dedicar-se exclusivamente à família. Reencontrou Mário Peixoto em 1988 na Fundação Mário Peixoto, em Mangaratiba, quando ele recebeu o prêmio do Banco do Estado do Rio de Janeiro.

Alzira faleceu no Rio de Janeiro, em 11 de outubro de 2000, sendo a última remanescente da produção de Limite.

Taciana Rei

Nascida no Rio de Janeiro, era oriunda de uma modesta família italiana. Seu verdadeiro nome era Yolanda Bernardi e o nome artístico, Taciana Rei, foi escolhido por Mário Peixoto.

Em 1928, aproximadamente com 18 anos, Yolanda Bernardi participou, como “extra”, em “Barro Humano“, dirigido por Adhemar Gonzaga e produzido por um grupo de jornalistas que editava a revista Cinearte. Aparecia rapidamente em “close” na sequência do baile de carnaval.

Em 1930, Yolanda Bernardi teve um papel um pouco maior em “Saudade”, o segundo filme do grupo de Cinearte. Numa paradisíaca ilha do fundo da baía de Guanabara, ela tocava banjo e cantava durante um animado piquenique de jovens. O filme foi abandonado em março de 1930, em decorrência de desentendimentos que culminaram na dissolução do grupo de Cinearte. Mário escolheu Yolanda para o elenco em um álbum apresentado a ele por Pedro Lima. Mário foi pessoalmente à sua casa convidá-la e não foi difícil obter o seu consentimento.

Yolanda, já então Taciana Rei, seguiu para Mangaratiba em companhia de uma irmã, por volta de junho de 1930. A irmã teve uma participação pequena em “Limite”. É dela a mão de mulher que Raul Schnoor beija antes de ir ao cemitério.

Depois de “Limite”, Taciana abandonou a carreira artística. Segundo Olga Breno, casou-se com um fazendeiro rico, teve gêmeos e trabalhou no Ministério da Fazenda. Segundo Mário Peixoto, casou-se com um funcionário graduado do Ministério da Fazenda. Mário diz que foi padrinho de casamento de Taciana.

Yolanda Bernardi morreu por volta de 1986.

Raul Schnoor

Raul Schnoor nasceu em 24 de março de 1910, no Rio de Janeiro. Sua família era abastada e interessada nas artes.

Em 1927, com o irmão Sylvio, participou do Teatro de Brinquedo criado pelo escritor e jornalista Álvaro Moreyra. Foi nessa época que Raul conheceu Mário Peixoto.

Em 1928, Raul atuou como figurante em “Barro Humano“, dirigido por Adhemar Gonzaga. Participou também do filme seguinte de Gonzaga, “Saudade”. Em 1929, fez o papel principal do filme “Paralelos da Vida”, de Gentil Roiz, que pegou fogo durante a montagem.

Em Limite é o Homem n.º 2. Raul participou também de “Onde a Terra Acaba”, interrompida em outubro ou novembro de 1931 e sua última experiência cinematográfica.

Afastado da carreira artística, Raul sempre evitou qualquer referência a seu passado cinematográfico.

Morreu em 26 de fevereiro de 1998.

Brutus Pedreira

Brutus Pedreira

Gaúcho, brilhante pianista, abandonou o piano por causa da artrite. Muito culto e extremamente interessado em teatro, era, no entanto, o típico diletante. Funcionário público, jamais seguiu qualquer carreira artística.

Mário Peixoto dizia que foi a grande influência que sofreu de Brutus e que seu incentivo foi fundamental para Limite. Um dos “anjos tutelares do filme”, foi ele quem levou Mário Peixoto para o Teatro de Brinquedo (do qual participava), de Eugênia e Álvaro Moreyra. Lá, Mário Peixoto conheceu os dois irmãos, Raul e Sylvio Schnoor e, mais tarde, na casa deles, Eva, irmã dos dois e D. Mathilde Schnoor, senhora da casa, e a quem Mário se ligou por terna amizade.

Brutus Pedreira fez figuração em “Barro Humano”, de Adhemar Gonzaga. Teve grande participação em Os Comediantes, o renascimento do teatro brasileiro sério. Teve também papel marcante na Escola de Teatro da Universidade da Bahia, exercendo grande influência sobre seus alunos.

Foi Brutus quem organizou a trilha musical de Limite

Carmen Santos

Atriz de origem portuguesa, nasceu em Vila Flor no dia 8 de junho de 1904 e veio para o Brasil em 1912.

Dona de espírito vanguardista e independente, aqui fundou a Brasil Vox Filmes, que mudou de nome para Brasil Vita Filmes, atuando como produtora cinematográfica. Coproduziu e protagonizou, em 1929, “Sangue Mineiro”, de Humberto Mauro e “Onde a Terra Acaba“, primeiro com Mário Peixoto e depois com Octávio Gabus Mendes, em 1933.

Mário Peixoto desenvolveu, depois de “Onde a Terra Acaba”, vários projetos com Carmen Santos, mas nenhum concluído.

Em Limite, ela faz o papel de uma prostituta de cais e seu nome não aparece nos letreiros. Embora “Sangue Mineiro” estivesse concluído, Carmen ainda não era famosa.

Fez três filmes com Humberto Mauro. Em 1948, interpretou e dirigiu “Inconfidência Mineira”.

Carmen Santos morreu no Rio de Janeiro, em 22 de setembro de 1952.

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